ANTIGO MERCADO MUNICIPAL DE INDAIABIRA
Uma beleza escondida no Sertão Norte-Mineiro. Pode não ser rica de grandes indústrias, de economia pulsante, mas causa orgulho em quem aqui vive ou por aqui já passou. O jeito tímido e acolhedor de Indaiabira, peculiar das cidades mineiras de interior, faz dela um lugar para se viver com qualidade. Quem faz parte de sua história, que já brincou em suas ruas, estudou em suas escolas, brincou em suas praças, batizou, casou, rezou ou se despediu de alguém em suas igrejas; ou jogou conversa fora à tardezinha na porta de casa ou nos famosos botequins, guarda no peito um amor incondicional por sua terrinha, e perde uma boiada se preciso for para defendê-la junto às outras tantas.
Se fecharmos os olhos e imaginarmos um Indaiabirense, logo nos vem à mente um senhor agricultor, de mãos calejadas, botinas nos pés, chapéu de couro, embornal nas costas, camisa suada, com semblante de cansaço misturado com contentamento. Se pudermos descrever um aroma, é possível sentir cheiro da mistura do frango caipira com o arroz com pequi. Uma época boa? O São João, com as fogueiras, os ladrões de bandeiras, a quadrilha, o forró, a canjica e o quentão. Ao longo dos seus 22 anos de emancipação, esta mistura histórica, social e cultural foi formando a identidade dessa “pequena clareira no coração das matas”, hoje uma das mais importantes cidades da região.
Com quase 7 mil habitantes, Indaiabira tem suas raízes fincadas na agricultura, e a população rural equipara-se à urbana. Todos os anos, vê seus trabalhadores partirem em busca de recursos nas lavouras de café e cana-de-açúcar, deixando as famosas “viúvas de marido vivo” para trás. Alguns fecham suas casas por meses e levam a família inteira para o Sul de Minas, interior de São Paulo ou Goiás.
Há aqueles que, para se sobressair nos estudos, buscam formação fora ou até mesmo emprego, mas nunca perdem o sonho da realização profissional em sua cidade natal. O desejo de muitos é poder conciliar o sucesso com o aconchego do seu lugar. Nas épocas de férias e fim de ano, Indaiabira torna-se berço dos abraços apertados, das risadas e lágrimas de saudade, dos encontros e despedidas. E justamente às vésperas do Natal e Ano Novo, momento de maior intensidade e afirmação das relações afetivas, é comemorado o seu aniversário: 21 de dezembro.
Nossa História
O município de Indaiabira emancipou-se politicamente pela lei estadual nº 12030 de 21 de dezembro de 1995, com território desmembrado de Rio Pardo de Minas.
Indaiabira como toda cidade, iniciou-se com uma fazenda denominada Palmeiras do BomFim. Propriedade do Senhor Francisco Xavier de Barros, a fazenda Palmeiras do Bom-Fim, tinha uma grande área territorial.
Fundada em 1908 com doação dos terrenos por parte do seu proprietário, a fazenda se transformou em um lugarejo denominado Coqueiros. Com o passar dos tempos, foi crescendo e de lugarejo, tornou-se uma Vila com o nome de Indaiabira. que permanece até hoje.
O Sr. José Ribeiro Sobrinho, foi um dos primeiros comerciantes da então Vila de Indaiabira. Em seu estabelecimento comercial, podia se encontrar desde gêneros alimentícios até ferramentas de trabalho.
O primeiro estabelecimento de ensino existente em Indaiabira, foi uma escola particular, sendo o Sr. José Cordeiro o primeiro professor. Em 1930 uma escola pública.
Em 1939, a então Vila Indaiabira, torna-se Distrito pertencendo desde então ao Município de Rio Pardo de Minas. Permanecendo distrito deste Município até 1995, portanto 56 anos.
Não poderíamos deixar de citar pessoas como o Sr. Antônio Miranda (in-memória), que prestou relevantes trabalhos à comunidade, a qual adotou com sua terra desde 1925.
ANTIGA IGREJA DE INDAIABIRA ONDE CASARAM MUITAS PESSOAS NAQUELA ÉPOCA.
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