Miranda explica que o Estado conta hoje com uma frota de 600 mil caminhões-tanque, com capacidade de 15 mil e de 30 mil litros, dependendo do modelo. “As distribuidoras têm capacidade para encher cerca de cem caminhões por hora. Só a BR tem 20 bombas, mesmo assim, vai demorar, pois cada veículo leva em média uma hora apenas para abastecer, sem contar o tempo na fila.”
E a fila será grande. Miranda afirma que as distribuidoras estão com os tanques lotados de combustível, só esperando a liberação das rodovias para carregar e levar aos postos. “O problema é que não conseguimos retirar das bases. A situação é gravíssima”, diz.
O chefe de pista de um posto na Via Expressa, na capital, Victor Oliveira, disse que está difícil convencer os motoristas de que não há gasolina, nem diesel, nem etanol para vender. Na manhã deste sábado (26), vários consumidores formaram uma fila enorme. A gente fala que não tem previsão nenhuma, mas eles insistem em esperar”, conta Oliveira. Cansados de esperar, os motoristas desistiram no meio da tarde. Ainda assim, os funcionários do posto, cerca de 12 pessoas, permaneceram no local. Sem absolutamente nenhuma gota para vender, eles passaram a manhã limpando o local. “Até o teto nós já limpamos hoje”, conta um funcionário.
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